Receitas e métodos caseiros do “tempo da vovó” começam a ser resgatados e incorporados ao dia a dia de pessoas que, de olho no modo de vida mais saudável, estão abrindo mão de medicamentos sintéticos para aliviar desconfortos e mal-estar. O alívio para inflamações na garganta, por exemplo, pode surgir da casca da romã preparada em forma de chá. O líquido é usado para fazer bochecho, no mesmo dia de preparo, mas nunca pode ser engolido.
Para lidar com uma tosse sem recorrer aos tradicionais xaropes, brotos de agrião fervido e mel ou chá de folhas de mangueira com cebola branca, adoçado com mel podem ser o caminho. Já uma solução caseira para a dor de cabeça por tensão nervosa pode ser encontrada em chá de erva cidreira, explica a farmacêutica Sirlene Adelaine Ricardo da Costa, da Botica Pharmacêutica, em Rio Preto.Os chás, por sinal, são bem-vindos para curar outras dores. “Chá de gengibre alivia a dor provocada por gripe ou resfriado, mas é contra-indicado para quem tem gastrite.
O chá de boldo é para dor provocada por má digestão, mas o seu uso não pode ser prolongado”, informa a farmacêutica.“Quando ocorre dor de cabeça com frequência, pode fazer um tratamento com duas plantas para evitá-la, com o chá ou extrato de espinheira santa e guaçatonga. Elas são plantas que, por atuarem na gastrite e digestão, evitam a dor de cabeça”, ensina Sirlene.
Com aval do governo
Com a comprovação de seus benefícios, os fitoterápicos - plantas com propriedades medicinais em diferentes preparações - estão ganhando espaço até com projetos e incentivos do Ministério da Saúde.Uma lista com 66 substâncias naturais foi lançada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no ano passado. Entre elas, estão indicações de chás de boldo para tratamento de fígado e ressaca, alcachofra,
para abaixar o colesterol ruim do sangue, e eucalipto em inalação para
resfriados e desobstrução das vias respiratórias.
Essa nova realidade - que já existia no conhecimento popular - é resultado de estudos com plantas e seus complementos que atestaram a eficácia das tradições familiares de tantas gerações, afirma o farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Nilson Luz Netto Junior.
A medicação natural vem ganhando importância dos próprios órgãos de saúde em um tempo que mais fórmulas de medicamentos surgem no mercado. Para Netto Junior, esse resultado é fruto da força do valor cultural, mas também da confirmação da segurança que as receitas naturais indicam.“Essas opções naturais tendem a ser valorizadas pelas realizações étnicas, que geram um maior apelo dentro da cultura brasileira.
E, paralelamente, foram fortalecendo por sua segurança, com confirmação de riscos e efeitos colaterais menores”, destaca o farmacêutico.Devido a essa popularidade das soluções naturais, é comum ver o cultivo de pequenos jardins com ervas medicinais em casas e apartamentos. Ter uma “farmácia” in natura em um cantinho ou em vasos à disposição reforça a ideia da tendência de usar plantas para tratamentos de saúde.
Cuidados no consumo
O farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Nilson Luz Netto Junior, explica que, da mesma forma que uma planta pode oferecer benefícios, ela também provoca complicações.
Ele alerta que os medicamentos naturais não podem ser ingeridos de forma exagerada, pois podem causar problemas para fígado e rins quando usados em dosagens inapropriadas ou a longo prazo. “Para qualquer planta que trata uma doença, os riscos têm de ser pensados, principalmente quando as respostas não vêm”, diz.
Outro cuidado é relacionado a qual parte da planta será utilizada e em tipo de preparo. Sementes, folhas, flores, frutos, raízes ou caules podem ser utilizados em forma de chás, infusões ou para uso externo. A atenção é importante porque o que pode ser benéfico em um chá com folhas, pode ser muito perigoso em sementes.
As opções naturais foram se fortalecendo por seus riscos e efeitos colaterais menores
Nilson Netto Junior.farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Essa nova realidade - que já existia no conhecimento popular - é resultado de estudos com plantas e seus complementos que atestaram a eficácia das tradições familiares de tantas gerações, afirma o farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Nilson Luz Netto Junior.
A medicação natural vem ganhando importância dos próprios órgãos de saúde em um tempo que mais fórmulas de medicamentos surgem no mercado. Para Netto Junior, esse resultado é fruto da força do valor cultural, mas também da confirmação da segurança que as receitas naturais indicam.“Essas opções naturais tendem a ser valorizadas pelas realizações étnicas, que geram um maior apelo dentro da cultura brasileira.
E, paralelamente, foram fortalecendo por sua segurança, com confirmação de riscos e efeitos colaterais menores”, destaca o farmacêutico.Devido a essa popularidade das soluções naturais, é comum ver o cultivo de pequenos jardins com ervas medicinais em casas e apartamentos. Ter uma “farmácia” in natura em um cantinho ou em vasos à disposição reforça a ideia da tendência de usar plantas para tratamentos de saúde.
Cuidados no consumo
O farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Nilson Luz Netto Junior, explica que, da mesma forma que uma planta pode oferecer benefícios, ela também provoca complicações.
Ele alerta que os medicamentos naturais não podem ser ingeridos de forma exagerada, pois podem causar problemas para fígado e rins quando usados em dosagens inapropriadas ou a longo prazo. “Para qualquer planta que trata uma doença, os riscos têm de ser pensados, principalmente quando as respostas não vêm”, diz.
Outro cuidado é relacionado a qual parte da planta será utilizada e em tipo de preparo. Sementes, folhas, flores, frutos, raízes ou caules podem ser utilizados em forma de chás, infusões ou para uso externo. A atenção é importante porque o que pode ser benéfico em um chá com folhas, pode ser muito perigoso em sementes.
As opções naturais foram se fortalecendo por seus riscos e efeitos colaterais menores
Nilson Netto Junior.farmacêutico-chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não-Convencionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
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